Gerações unidas pela fé e propósito com o Evangelho de Cristo.
O último domingo do mês de agosto, que neste ano cai no dia 31, é dedicado à vocação do catequista. Uma data que convida toda a Igreja a reconhecer, valorizar e agradecer a vocação daqueles que, com dedicação e amor, anunciam a Palavra de Deus e formam discípulos na fé cristã.
A celebração está inserida no contexto do Mês das Vocações, promovido pela Igreja no Brasil, e marca a vocação de servir ao Evangelho por meio da catequese. Mais do que transmitir conteúdos, o catequista é alguém que se torna testemunha viva do Cristo ressuscitado, conduzindo crianças, jovens e adultos a um encontro pessoal com Jesus e suas escrituras.
Em uma feliz coincidência de calendário e de propósito, essa comemoração se une também, neste ano, a um dos momentos mais emblemáticos do Ano Santo: o Jubileu dos Jovens, que acontece de 28 de julho a 3 de agosto, em Roma, reunindo peregrinos de 146 países.
Essa sobreposição de datas nos convida a olhar com ainda mais atenção para o papel dos catequistas e sua profunda ligação com a juventude e a missão evangelizadora da Igreja.
A missão do catequista
Ser catequista é, antes de tudo, um chamado de Deus. É uma vocação que exige compromisso com a fé, conhecimento da doutrina, espiritualidade profunda e, sobretudo, coerência de vida. O catequista não apenas ensina: ele acompanha e caminha com o catequizando, como um verdadeiro discípulo-missionário.
Em um mundo cada vez mais plural e digital, o papel do catequista também se transforma. É necessário acolher os novos meios sem perder a essência cristã, sempre mantendo o coração voltado à missão evangelizadora.
Um convite ao reconhecimento e à formação
O Dia Nacional do Catequista é também um momento de reflexão e valorização. Em muitas comunidades, os catequistas exercem sua missão de forma voluntária, conciliando vida familiar, trabalho e ministério. Por isso, é dever da Igreja oferecer formação contínua, apoio espiritual e incentivo pastoral.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reforça que a catequese é um pilar essencial da iniciação à vida cristã e que o catequista é protagonista nesse processo. Investir em sua formação é investir no futuro da fé.
Um chamado à vocação
A data também serve como convite vocacional, para que crianças, jovens e adultos se sintam tocados por esse chamado e se disponham a servir com generosidade. A missão do catequista é fecunda e transformadora, não só na vida dos catequizandos, mas principalmente na vida de quem catequiza.
Neste Dia Nacional do Catequista, que possamos agradecer a Deus por todos aqueles que dizem “sim” a esse chamado, e rezar para que nunca faltem homens e mulheres dispostos a formar corações para Deus.
Como dizia nosso saudoso Papa Francisco:
“A catequese é um caminho de santidade para todos nós. O catequista é testemunha da fé, guardião da memória de Deus, e companheiro de caminhada.”
Catequistas, jovens e uma missão em comum: preparar o futuro da fé
Os catequistas são, por vocação, guardiões da fé e acompanhantes da juventude no seu amadurecimento espiritual. Em muitas paróquias, são os primeiros a acolher os jovens que, cheios de perguntas e inquietações, iniciam sua caminhada de fé.
É justamente esse acolhimento que o Jubileu dos Jovens deseja ampliar em escala mundial: um abraço simbólico e real, inclusive àqueles que vêm de regiões em guerra, como Líbano, Ucrânia, Mianmar, Gaza e Sudão. Assim como o catequista estende a mão para quem busca Deus, Roma abrirá os braços para acolher jovens do mundo todo e renovar suas esperanças.
Sentinelas da manhã
Há 25 anos, o Papa João Paulo II lançou aos jovens o apelo para que fossem “sentinelas da manhã”. Aqueles que vigiam, anunciam e mantêm acesa a luz da fé em tempos difíceis. Hoje, os jovens que participarão do Jubileu, assim como os catequistas que os acompanham nas comunidades locais, respondem a esse chamado. Ambos, jovens e catequistas, vivem a mesma vocação: testemunhar o Evangelho com coragem, abrindo caminhos de fé em um mundo sedento de verdade, amizade e sentido.
O encontro de gerações que move a Igreja
O Dia do Catequista e o Jubileu dos Jovens revelam, juntos, a força de uma Igreja em movimento. Enquanto Roma se transforma no palco do maior evento tecnológico e pastoral da Itália, com estruturas monumentais para acolher mais de meio milhão de peregrinos, nas comunidades espalhadas pelo Brasil e pelo mundo, os catequistas seguem com sua missão diária, silenciosa e transformadora.
Basílica Santo Antônio de Pádua: um templo que forma e acolhe como catequista da fé
Assim como o Jubileu dos Jovens representa o abraço universal da Igreja em Roma, e os catequistas plantam a semente da fé no cotidiano das comunidades, a Basílica Santo Antônio de Pádua expressa esse mesmo propósito a serviço da evangelização. Suas obras, sua arquitetura e sua vida comunitária tecem uma catequese de beleza e espiritualidade, orientando fiéis a se tornarem protagonistas de suas próprias vocações.
Que, inspirados nesse testemunho, cada catequista sinta-se chamado a construir, na própria paróquia, um espaço de encontro e formação para acolher os jovens de hoje, como a Basílica acolhe todos os visitantes, com fé, amor e esperança.
